Uma delegação angolana, liderada pelo Secretário de Estado para a Economia, Ivan Marques dos Santos, participou da 2ª Edição da Feira Africana de Negócios- SADA 2023, realizada de 5 a 7 de Março do corrente ano, em Argel, Argélia, revelou o Ministério da Economia e Planeamento.

A participação angolana na 2ª Edição da Feira Africana, foi em resposta ao convite formulado pelo Governo argelino ao país, com o intuito de dinamizar a cooperação económica existente entre os dois países, e representou uma grande oportunidade para os operadores do sector privado explorarem o mercado africano emergente.

“No total, foram realizados mais 70 encontros B2B com empresários locais, com 12 intenções de investimento e parcerias manifestadas de forma directa e 18 de forma indirecta”, informou o Ivan dos Santos em sede do habitual Briefing Bissemanal do Ministério da Economia e Planeamento.

A participação de Angola no certame foi assegurada por uma delegação multissectorial e igualmente pelo sector privado, tendo como instituição coordenadora o Instituto Nacional de Apoio às Micro, Pequenas e Médias Empresas (INAPEM).

A delegação angolana esteve acompanhada por 9 instituições públicas e 19 empresas privadas, das quais 8 a participaram de forma presencial e 11 somente com produtos expostos, nomeadamente: Institucional: INAPEM; FACRA; ZEE; AIPEX; UNICARGAS; ARCCLA; PORTO DO NAMBIE; FROE; JORNAL DE ANGOLA. Sector Empresarial: DARVIDA; MEDVIDA; Fazenda Vinevala N.H. & Filhos; Food Life Angola; H.E.S Gil Comercial e Prestação de Serviços (SU), Lda. e Grupo Arena, Probetão, Probeauty, Gulkis, Biocom, Ros Bien, Candy Factory, Biaggio, Angonabeiro, Café Cazengo, Mel Vutchi Vuetu e Fozkudia .

A feira privilegiou os sectores da indústria, logística, agricultura, construção, têxtil, serviços, turismo, startups, energia, saúde e farmacêutico, agronegócios e energias renováveis.

Para esta edição, os organizadores escolheram Angola como País de Honra, concedendo o máximo destaque no programa geral e nas acções de comunicação sobre o evento.

O certame contou com uma agenda recheada de eventos orientados para a capitalização da presença angolana, com o primeiro dia a ser marcado por um discurso inaugural proferido pelo Secretário de Estado para a Economia, Ivan dos Santos, na presença de figuras políticas, diplomáticas e empresariais de várias geografias.

A feira contou com a presença de 25 países africanos, numa área de 52 mil m2, com destaque para a presença da África do Sul, República Democrática do Congo, Mali, Senegal, Egipto, Camarões, Madagáscar, Sudão, Zimbabwe, Guiné Bissau, Namíbia e Nigéria.

O evento terminou com a promessa da participação angolana em futuros eventos na Argélia, promessa retribuída pelas instituições argelinas, que manifestaram vontade em participar na próxima edição da FILDA.

No que concerne o PLANAGRÃO, o Secretário de Estado para a Economia declarou que já foram escolhidos quatro municípios para a implementação do PLANAGRÃO nas províncias da Lunda Norte e Lunda Sul.

As escolhas foram feitas na sequência de uma visita de constatação às zonas agrícolas propostas nas duas províncias nos dias 16, 17 e 18 de Março, chefiada por Ivan dos Santos, na qualidade de Coordenador da UTA PLANAGRÃO, coadjuvado pelo Secretário de Estado para Agricultura e Pecuária, João Cunha.

Na Lunda Norte, foram inicialmente indicadas duas áreas distintas, localizadas nos municípios do Cambulo e do Lovúa, com uma área total de 250.000 e 300.000 hectares, respectivamente, das quais 30.000 e 100.000 para a produção de arroz, milho e soja, principalmente.

Sobre a província da Lunda Sul, o Secretário de Estado explicou foram indicadas 15 áreas, para um total de 500.000 hectares, tendo sido possível visitar duas áreas, nos municípios de Saurimo e Muconda.

No município do Muconda, foram seleccionadas quatro comunas, para uma área total de 125.000 hectares, dos quais 31.000 para a potencial implementação do PLANAGRÃO, com a vantagem de ter uma proximidade com a zona fronteiriça do Luau, considerada importante para finalidades comerciais internacionais.

Em Saurimo, foi seleccionada uma área total de 125.000 hectares, envolvendo 3 comunas, com 25.000 hectares que poderão estar dedicados ao PLANAGRÃO.

Durante as visitas, a equipa multissectorial fez também o levantamento da disponibilidade de água, estradas, rede eléctrica, silos, e conservatórias de registo civil, entre outras condições que considera serem importantes para o sucesso do PLANAGRÃO.

O objectivo é identificar um total de 2 milhões de hectares de terras aráveis para a implementação do projecto nas províncias da Lunda Norte, Lunda Sul, Moxico e Cuando Cubango, sendo que as quatro deverão disponibilizar até 500 mil hectares cada.