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João Lourenço no Dia da Paz: “Temos de cuidar bem da nossa Juventude”

O Presidente da República, João Lourenço, assinalou hoje, em Luanda, as muitas conquistas da Paz alcançada há 21 anos, num discurso onde a Juventude teve um lugar central e especial. “Temos de cuidar bem dela”, apelou o Presidente, que teve ainda uma palavra de apreço pelos angolanos que se encontram na diáspora.

No discurso a propósito da celebração de Dia da Paz e da Reconciliação Nacional, João Lourenço lembrou que há 21 anos que “definitivamente se calaram as armas e começámos a construir juntos a paz e a reconciliação nacional entre todos os angolanos, independentemente do local de nascimento, confissão religiosa, convicções ideológicas ou filiação político-partidária de cada um.

Esta paz e união, destacou o PR, proporcionaram “a estabilidade necessária para a reconstrução do país que estava em escombros”, conduzindo-o no sentido do desenvolvimento económico e social, que não pode parar. “Esta paz é duradoura, porque custou-nos muitas lágrimas, suor e sangue vertidos ao longo de décadas e, por isso, nos comprometemos a tudo fazer para o país nunca mais voltar a viver as agruras de uma guerra ou mesmo de instabilidade política ou social que ponham em causa o futuro do nosso belo país.

A Paz faz-se todos os dias
O PR lembrou que a paz e a reconciliação nacional conquistadas no dia 4 de Abril de 2002 devem ser construídas e preservadas” todos os dias do ano e “em cada gesto, em cada palavra, em cada atitude e comportamento do cidadão angolano”.

João Lourenço evocou o “o nome e a memória do Presidente José Eduardo dos Santos, o Arquitecto da Paz e reconciliação nacional, estadista que soube interpretar a vontade do povo sobre a necessidade do abraço fraterno entre irmãos, do reencontro da grande família angolana”.

Referindo-se às centenas de compatriotas, civis e militares, a quem hoje atribuiu Ordens e Medalhas diversas, lembrou que merecem ser reconhecidos, pelo facto der se terem distinguido “na luta pela Independência Nacional, na defesa da Soberania Nacional e na conquista e preservação da paz e reconciliação nacional”.

Abril, mês da Paz… e da Juventude
Mas o mês de Abril, afirmou, é também “o mês da Juventude angolana”, uma vez que foram os jovens que “durante muitos anos viram as suas carreiras estudantil ou profissional, temporária ou definitivamente interrompidas, para servirem a pátria na defesa da soberania nacional e da integridade territorial”.

“É esta mesma Juventude, que com o alcance da paz, tem vindo a reconstruir as infra-estruturas do país, a construir as estradas, as diferentes indústrias, a erguer as centralidades, os hospitais, as universidades, as escolas, as barragens hidroeléctricas, as centrais fotovoltaicas, os portos e aeroportos, as refinarias de petróleo, os projectos de combate à seca no sul de Angola e tantos outros que geram emprego e garantem o desenvolvimento económico e social do país”, lembrou.

João Lourenço afirmou que “a Juventude sempre foi uma força determinante para o desenvolvimento do país”, sendo até “uma parte bastante expressiva da população angolana”, e deixou um apelo: “Temos, por isso, de cuidar bem dela, transmitindo-lhe os valores do patriotismo, da ética, do civismo, do amor ao trabalho, de dedicação aos estudos e à leitura, da defesa do Ambiente e da Natureza, do respeito e protecção aos velhos, à criança e à mulher”.

“É hora de cada partido político, líder partidário, igreja, instituição de ensino, ONG, de cada um de nós individualmente, nos interrogarmos se temos contribuído com a nossa palavra, com os nossos ensinamentos, com os nossos actos e comportamentos, para forjar a nossa juventude dentro dos mais nobres valores da nossa civilização e cultura”, disse, pedindo que se aproveite “ao máximo todo o potencial da nossa Juventude, sua força interior, energia, vigor, inteligência, espírito inovador e empreendedor, para melhor servir o nosso país”.

“Neste mês da juventude, felicito a todos os jovens angolanos, em Angola e na diáspora, pelo seu mês, por tudo quanto fizeram e fazem pelo bem de Angola e dos angolanos”, concluiu.

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